5.7.08

Lembrança do México

A luz alaranjada entrou como filetes de uma espada samurai através da veneziana. Cortou a penumbra do quarto e deixou aquelas marcas todas no corpo de Sara. Uma mexicana, pensei. Andei até a janela e observei os automóveis na estrada em frente ao motel. Sara virou-se e perguntou:- Pensando em algo?- No México. Em todos aqueles hoteiszinhos de beira de estrada. A poeira levantando sempre que passa um automóvel solitário. Em todos os ladrões, solitários, bandidos, pastores, dançarinas de boates, ambulantes que dormiram neles. Em todos os figitivos que encheram os lençóis de suor. Nas mulheres com chapéu caubói que ali, enlouqueceram algum homem.

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